quarta-feira, 4 de julho de 2012

PONTO A PONTO: MACRAMÉ



Por Yan Kaue Brasil

Na vibe pra lá de indie-boa-pinta-call-your-girl-friend, a banda Macramé, formada há pouco tempo, concede a palavra ao Sines, que cutuca de todos os lados. Puxe seu tricô, traga as palavras cruzadas e vamos ao bate-papo.

Macramé: agora inteira

Sines: Como rola o som entre vocês em relação ao repertório & tal?
Macramé: É a “vibe” (risos). Na verdade todos aqui gostam de coisas parecidas, de estilos parecidos. Então é tranquilo.

Sines: Qual o panorama da banda em relação à música em Erechim e aos sons que são formados e valorizados aqui?
Macramé: Em Erechim as pessoas costumam valorizar músicas mais populares e que remetam à sua cultura e quando acontece algum evento mais underground sempre acontece de as mesmas pessoas participarem; as bandas que são formadas aqui normalmente seguem o mesmo padrão e quando tem alguma coisa nova, o pessoal não experimenta.

Sines: O que vocês acham de música alternativa, indie? Acham que o pessoal valoriza?
Macramé: Curtimos música indie, pois ele sempre oferece coisas novas e diferentes; é um gênero criativo. Porém, as pessoas não costumam valorizar esse gênero; elas costumam valorizar o que está na novela (risos).

Sines: Trocam música “boa” por música lucrativa? 
Macramé: Dinheiro é importante, né? Quem não gosta de dinheiro? (risos). O que acontece é que tem que ter uma música de trabalho, que vai levar o nome da banda; mas não é uma troca: tu vai colocar um Beirut na Capitu, ai tu baixa o álbum inteiro dos caras. É é uma coisa meio assim. Tem que fazer algo que leve o nome da banda para o pessoal conhecer o teu trabalho, mas é chato, por exemplo, Los Hermanos serem lembrados apenas por “Ana Julia”.

Sines: E o ego, rola uma hierarquia?
Macramé: Todos participam dos processos de produção das músicas e, além disso, a criação passa pelo "critério" de todos. É bem tranquilo.

Sines: Qual o público da banda? Procuram atingir um público específico?
Macramé: O público específico seria os amigos e pessoas próximas, além das pessoas que curtem o gênero de música que vamos tocar. 

Sines: A pivotante, esdrúxula & sem sentido: porque o nome da banda?
Macramé: Ah, não tem explicação (risos). Precisávamos de um nome, ai o Vicente foi comprar linha para fazer pulseiras e ligou pro Lucas dizendo o nome da banda: Macramé (que é uma técnica de tecer fios sem utilizar ferramentas).

O quarteto alternativo é formado por duas meninas & dois meninos: Tatiana (vocalita), Thais (tecladista), Lucas (guitarrista e programador) e Vicente (baixista e programador). Visivelmente influenciados pela música indie, a banda promete dar outros ares ao Festival.


Um comentário:

  1. Cara, amei a banda, muito boa... quando tocou call your girlfriend eu quase chorei lá.. cantei junto com eles.. Então, a banda tem algum site?

    ResponderExcluir