Por Leonardo de Carvalho Prozczinski
Três anos pareceram ser suficientes para a notória evolução do grupo eletro-indie Passion Pit. Com um belo repertório de canções leves e, como exibe a capa, ensolaradas, poucas são as faixas que se destacam fora do conjunto criado pelo segundo álbum de estúdio do grupo de Massachussets, Gossamer, lançado em julho deste ano. O disco chamou a atenção por ter alcançado o quarto lugar da Billboard em sua semana de estreia.
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| O Passion Pit |
Gossamer começa pela majestosa Take a Walk e é seguido pelas não menos brilhantes I’ll Be Alright e Carried Away, que conquistam à primeira audição pelo apelo de refrões fáceis e cadência dançante, mescladas com experimentações eletrônicas. Porém, logo em seguida, há uma quebra de ritmo com Constant Conversations, que envolve com sua lentidão. As faixas que seguem não conseguem recuperar a agitação inicial, fazendo com que o disco siga coeso, mas sem grandes momentos. Devem-se destacar as variações de Mirrored Sea e a doçura dançante de músicas como On My Way, Love Is Greed e It’s Not My Fault, I’m Happy. Entretanto, estas devem ser consumidas apenas dentro do contexto de Gossamer – caso contrário, perdem sua força e tornam-se monótonas.
Ao fim, Gossamer soa como uma continuação para Manners, o primeiro álbum de estúdio do grupo, de 2009, e peca por, assim como no anterior, não possuir faixas mais independentes em relação ao do todo. Quem sabe Michael Angelakos (líder e vocalista) resolva seus problemas pessoais – que vêm atrapalhando a turnê do grupo – e surpreenda mais no próximo álbum.
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