Bonequinha russa?

Por Elton Piran, bolsista do programa de iniciação acadêmica do Sinestésicos e acadêmico de História

Regina Spektor é uma russa e tanto. Não apenas faz um pop dos mais respeitáveis como foi capaz de tomar a indústria fonográfica americana de assalto. Em 2009, seu último álbum,“Far”, veio à lume, com a inserção da bateria e da guitarra em algumas das composições, o que já faz o cd diferente dos três primeiros, onde predominava o som do piano clássico  e a aura  jazzística.

Regina Spektor

Com esse “Far”, Regina tende a tornar-se ainda mais reconhecida pelo público nacional e internacional. Segundo o jornalista José Flávio Júnior, a artista mostra estar pronta para mudar de patamar, mesmo exibindo características atípicas para o showbiz atual. Filha de um violonista e de uma professora de música, Regina desde muito cedo passou a se interessar e estudar piano clássico. Durante a adolescência envolveu-se com o jazz e o rock, quando foi descoberta pela banda “The Strokes”. A  partir disso sua produção musical passou a chamar a atenção.

Compondo um grupo de reconhecidos produtores, entre eles Jeff Lynne (cantor,compositor e produtor musical inglês) gravou seu último disco com mais coesão. Entretanto, o senso de humor continua presente: na música “Folding Chair”, a cantora  procura imitar o som de um golfinho, ao entoar o refrão. O mesmo humor solar está em “Laughing with”, que aborda a fé. Em seus primeiros versos, canta “Ninguém ri de Deus no hospital/ Ninguém ri de Deus na guerra/ Ninguém ri de Deus/ quando perdem tudo o que conquistaram”; em seguida, arremata: “Mas Deus pode ser        divertido /Quando você ouve uma boa piada sobre Ele numa festa.”

Com ares de “melhor cantora” por possuir uma voz que dispõe de muitos recursos, talento e inteligência para inventar e inovar no campo artístico, a senhorita Spektor merece que, ao menos, se mantenha a atenção e o interesse em seu trabalho.

Regina Spektor - iTunes

Regina Spektor - MySpace

Regina Spektor - Blue lips (live)