MIYAZAKI E A ARTE JAPONESA

Por Andrei Vanin

O Sinestésicos, após uma amostra de alguns filmes e da linguagem do diretor sueco Igman Bergman, mostrará agora (28 de abril) filmes do conceituado “animador” japonês Hayao Miyazaki. Para um "esquenta", falemos sobre seu último longa, Ponyo, lançado em 2010 no Ocidente.

A animação conta a historia de um garoto que salva uma "peixinha" que estava presa num vidro de geléia jogado no mar. Ela, então, decide tornar-se humana para ficar com o menino que a encontrou e que agora é seu amigo. Entretanto, acontece uma tempestade, o que obriga uma mudança de planos, desenrolando uma narrativa que mistura de diversão, poesia e aventura.

Com animações convincentes, provocativas e divertidas, Miyazaki ganhou popularidade nos anos 60 e 70, produzindo desenhos que viraram clássicos da animação japonesa. Seu primeiro filme foi o clássico Rupan Sansei: Kariosutoro no shiro, de 1979. Depois vieram Nausicaa – a Princesa do Vale dos Ventos, de 1984, baseado no mangá, e os aclamados A Viagem de Chiriro, de 2001, e Castelo Animado, de 2004, (as "atrações" do Sines).

Os longas de Miyazaki geralmente são concentradas em jovens protagonistas, com problemas geralmente relacionados com a “realidade”, mas os roteiros seguem uma perspectiva muitas vezes onírica e mítica. Os desenhos são produzidas a punho, não permitindo o uso de mais de 10 % de imagens ou animações computadorizadas, dando assim às animações um ar de sutileza e genialidade. A trilha sonora dos filmes, quase sempre com músicas de Jô Hisaishi, ressalta um dos aspectos estruturais da obra do diretor: a retomada de elementos formais das narrativas em muitos de seus trabalhos.

Imagem: cena de Castelo Animado

Para conhecer & falar de Myiasaki, o Sines tem a data: dia 29 de abril, sábado, serão exibidos os filmes A Viagem de Chiriro e O Castelo Animado. Acompanhe tudo pelo blog, Face, Twitter e cartazes nos murais da UFFS.

Miyasaki - IMDB