segunda-feira, 16 de abril de 2012

ROCK, GLITTER E SEXO

Por Deloan Mattos 


O filme Velvet Goldmine (1998), do diretor californiano Todd Haynes, é uma ficção que descreve a trajetória do “Glamrock”, gênero musical que explodiu na Inglaterra nos anos 70. Os grandes ícones dessa época eram os músicos David Bowie e Iggy Pop, que no filme inspiraram a criação dos personagens Brian Slade (John Rhys-Meyers) e Curt Wild (Ewan McGregor). Essa fase do rock foi marcada pelas músicas agitadas, performances exageradas, forte liberdade sexual e androginia: os músicos vestiam-se com roupas coloridas, maquiagem, saltos altos e acessórios femininos. Esse estilo irreverente era aderido pelos jovens da época que passaram a vestir-se como seus ídolos purpurinados, afrontando os padrões sociais daquela década. 

David Bowie nos 70' como Ziggy Stardust 


A trilha sonora do longa se mantém fiel ao GlamRock, composta por músicas originais da época e outras que foram regravadas pela banda Venus in Furs, misturando veteranos do “Glam” com músicos de bandas, como Roxy Music, Radiohead e Placebo. Segundo o site Epinions.com, algumas músicas foram compostas pelas bandas Grant Lee Buffalo e Shudder especialmente para o filme, entre elas The Whole Shebang e Virginia Plain. 

Não por acaso Haynes recebeu o prêmio de Melhor contribuição artística no Festival de Cannes (Cf. IMDB). Além disso, o filme originou um álbum de mesmo título contendo todos os sucessos que compõem essa viagem sensual e alucinógena aos anos 70. 



Um pouco mais sobre o filme, o álbum e o Bowie:

Velvet Goldmine - IMDb 
Velvet Goldmine - iTunes
David Bowie - iTunes


6 comentários:

  1. Iggy Pop e David Bowie não são glam, e sim punk.Glam surgiu nos anos 70 nos EUA, surgiu do Hard Rock, Motley Crüe, Skid Row, Cinderella, Poison, Def Leppard, etc, são alguns nomes de bandas desse sub gênero do Hard.

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  2. Bowie e Stardust são glam. Inclusive porque glam é um movimento mais cultural do que musical na cena inglesa-americana. A apropriação do discurso glam pelas bandas posteriores, como o Motley, não é a mesma coisa.

    Sugiro que vc olhe os álbuns do Bowie de 70 e veja lá a androginia de que o texto do Deloan fala. Começa pelo Hunky Dory e vai até o Aladdin Sane.

    Atilio

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  3. Pode até ser, mas nunca ouvi falar de Bowie e Iggy Pop como glams, e sim Vince Neil, Nikki Sixx, Sebastian Bach, Tom Keifer, Bret Michaels, etc. Pra mim estes são os glams, musicalmente falando, os clássicos.

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  4. Sim, justamente porque a estética do Bowie - e aí coloque a união dele com a PopArt - foi incorporada por estas bandas. É até bacana imaginar que o Ziggy Stardust acaba no Sebastian Bach - pobre Bowie.



    Abraço! Continua comentando os textos que o barato é este mesmo!

    Atilio

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  5. Interessante, na real, eu não sou fã de Bowie e sempre vi ele como punk, n ão sabia dessa parte, sou um dos poucos amantes do glam/hard/sleaze por aqui, então é meio complicado conversar sobre!

    PS: Atílio, se puder, vê teu e-mail que mandei confirmação da minha banda pro festival, preciso de confirmação porque geralmente dá problema no meu msn,valeu!

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  6. Interessante esses caminhos que a música (e seus artistas) trilhava aliada ao cinema, mostrando qual é o mundo que os artistas viviam. Coisa que se perdeu.
    Sempre fui fã do Bowie, por isso minha opinião sobre o filme fica tendenciosa, mas o cara é mestre e o filme é sensacional.

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