domingo, 6 de maio de 2012

SEM SAIAS, COM CALÇAS


Por Mateus Moreno Sá

Os escoceses do Django Django se diferenciam de duas décadas de britpop, e buscam influência na psicodelia de Pet Sounds, dos Beach Boys e de Sgt. Peppers, dos Beatles. Os caras ainda se baseiam nas texturas de Jean Michel Jarre e Vangelis. Se isso resulta em algo desafiador para ser escutado, faz também o ouvinte sentir-se em uma selva tropical eletrônica, no mais dos exóticos sonhos. 



Distante de todas as fórmulas redundantes que se apoderam da sonoridade britânica, o grupo de Edimburgo vai em busca do art-rock (Frank Zappa,The Moody Blues) e da psicodelia perdida no final da década de 1970, quando o Reino Unido inteiro começou a se encaminhar para o cenário que ainda hoje mantém suas marcas e domínios. 

Assim, em Django Django, de 2012, é visível um afastamento do grupo em relação aos sons nova-iorquinos, como pode ser visto nas músicas Hail Bop e Default, que caracterizam a banda. O cheiro de mar e o clima de mata tropical estão presentes na obra, que se afasta das excentricidades forçadas para expor um registro decisivo. As guitarras limpas, mas presentes - como “feeling” na faixa Default - são como um imã para os ouvidos. 

A banda não teve medo de experimentar, e se arriscou. Acabou gerando polêmica, atraindo os olhos dos críticos- e os ouvidos do público. Django está fresco ainda, e pronto para ser digerido, pelos amantes da música, seja de qual estilo forem estes.






Django Django - iTunes
Django Django - MySpace


Nenhum comentário:

Postar um comentário