segunda-feira, 21 de maio de 2012

UM SÁBADO PARA CRIAR

Por Andrei Vanin

Neste dia 19 de maio, aconteceu a oficina de Criação Literária promovida pelo projeto Altissonâncias, do Sinestésicos. O ministrante foi o professor Severino Mirandola Jr, do Instituto Federal Catarinense. O evento teve a participação de cerca de 20 pessoas, contando com acadêmicos dos cursos da UFFS, professores da rede de educação básica da região e acadêmicos e professores da URI. O curso teve uma carga horária de oito horas. 

Após uma breve apresentação, o professor Severino começou sua exposição apontando as diversas formas possíveis de se criar uma história, seja romance, conto, poesia, bibliografia. De uma maneira descontraída e fundamentada em autores “de peso” como Gabriel Garcia Marquez, Euclides da Cunha, Rui Castro, Érico Veríssimo, Luis Fernando Veríssimo, Rubens Fonseca, Pablo Neruda, James Joyce, Caio Fernando de Abreu, José Saramago e outros, deu um embasamento “acadêmico” e “empírico” das diversas maneiras possíveis de “conquistar” o leitor. 

Joyce, o cânone da narrativa moderna

Severino apontou alguns eixos centrais de abordagem de uma narrativa: autores que frisam aspectos psicológicos, como Clarice Lispector; que ressaltam o mistério, como Rubem Fonseca; que provocam os leitores, como José Saramago; que fazem uma caracterização dos protagonistas, como Euclides da Cunha, ou de objetos valiosos, como na obra Senhor dos Anéis

Apontou ainda alguns aspectos que podem “servir” de base para a construção de uma história, quais sejam: ocasião, personagem, foco, evento, diálogo, pulso, conflitos, ação, mudança e fechamento. Ele colocou ainda que essas “ferramentas” são chaves de leitura e não são necessárias, nem é preciso segui-las à risca e muito menos será possíveis encontrá-las em todos os textos, porque a autoria é única e a história pode ser contada de vários modos.

Por fim, à luz do que foi discutido, fez-se a atividade de produção. Foi escrito um conto e uma partilha da produção feita pelos participantes. Severino ainda corroborou que “uma boa história de ficção é, aproximadamente, como um quebra-cabeças, porém sem a imagem da tampa da caixa, em que o resultado final é apresentado.” 

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