Ontem, dia 16 de outubro, aconteceu o segundo evento do "Sinestésicos": "O popular e a decadência em Nelson Rodrigues". Capitaneado pelo professor Dr. Ricardo Martins, do Mestrado em Literatura da URI, campus Westphalen, o encontro foi uma possibilidade de apresentar a obra de Nelson para os "não-iniciados" e, a partir daí, intentar uma aproximação entre o discurso rodrigueano e a "experiência do trauma", típica dos discursos de resistência constitutivos de uma espécie de temática teórica importante na contemporaneiadade: o pós-colonialismo como projeto ético e epistemológico.
O professor e polemista Ricardo Mertins |
Para isso, depois da exibição de três episódios da série "A vida como ela é", o professor Ricardo elaborou uma fala em que, de Freud à Nietzsche, de Hannah Arendt a Compagnon, buscou incorporar conceitos de diversos campos do saber na problematização do discurso de Nelson Rodrigues, pautado pelo que o Martins chamou de "perversão em contexto".
Fala acabada e debate iniciado, a plateia - em curva ascendente e com a participação dos alunos e professores do curso de Letras da UFFS de Chapecó (obrigado pela distância vencida), da comunidade acadêmica e de interessados de todos outros segmentos (que já reconhecemos!) fez alguns questionamentos -da biografia ao problema da autoria, passando pela controversa misoginia. Finalmente, entre blackouts de energia elétrica e polêmicas, findou esse segundo dia de evento, na expectativa que mais provocações apareçam e mais polêmicas possam vir à superfície.
Em tempo: a próxima epopéia-mixordia-miscelânea do "Sinestésicos" acontecerá nesse sábado, às 14 horas, com a exibição e o debate do filme "A onda".
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