Por Leonardo de Carvalho Prozczinski
A banda londrina Mystery Jets evoluiu um bocado desde o seu disco de estreia, em 2006. Na época, o indie-pop deu ao grupo a fama de não fazer as coisas de maneira comum. No seu quarto álbum, Radlands, gravado nos confins texanos e lançado em abril deste ano, os Jets trazem um som “fresco”, rebatendo a imagem pop deixada pelo disco anterior, Serotonin, de 2010. Agora, o ritmo é algo próximo do indie-rock com influência country, mas nada de Billy Ray Cyrus por aqui.
![](file:///C:/Users/ATLIO~1/AppData/Local/Temp/msohtmlclip1/01/clip_image002.jpg)
![]() |
Os "Jetsons" |
Em Radlands, a banda consegue reconstruir a unicidade mostrada em seu álbum de estreia, mostrando o seu melhor. Dessa vez, fazendo mais uso de sons fortes de guitarra em conjunto com sintetizadores, deixam clara a influência desempenhada pelo local em que o disco foi gravado. O álbum inicia com a faixa-título acompanhada de marcantes guitarras e de um clima obscuro. Logo, aparece a melhor faixa do disco: Someone Purer. Com um “choramingo” no começo, mas crescendo com instrumentais mais pesados, o refrão “give me rock n’ roll” funciona como um tipo de grito de guerra.
Como sempre acontece nos álbuns do Mystery Jets, a melodia é marcada por tristeza e amor (You Had Me At Hello), nostalgia (Greatest Hits) e vícios (Lost In Austin). O que diferencia este dos demais é a profundidade no som alcançado pelo grupo, com guitarras tendo um papel proeminente, seguidas de um vocal a la Bee Gees em The Hale Bop e uma voz feminina encantadora na faixa Take Me Where Roses Grow.
Ao que parece, Radlands coloca os roqueiros britânicos no caminho para se tornarem uma das melhores bandas de indie-rock enquanto fazem sucesso com o que pode ser chamado de “Great American Album”.
Mystery Jets – iTunes
Mystery Jets – Facebook
Mystery Jets – Official Website
Nenhum comentário:
Postar um comentário