terça-feira, 5 de junho de 2012

ZEBRAS E FOGOS DE ARTIFÍCIO

Lá nos idos do primeiro Sines, em 2010, já se faziam anúncios e post sobre uma banda que, então, acabara de lançar o álbum Teen Dream, que naquele ano seria considerado o melhor entre os melhores por um bocado de revistas bacanas & influentes. A banda era o Beach House, conhecida por fazer um som que mistura  dream pop e indie rock

Alex e Victoria
O Beach House é daqueles grupos que não se para de admirar. Formado por uma francesa de voz rouquíssima, Victoria Legrand ,  por um americano virtuose, Alex Scally, já no seu primeiro álbum, Beach House (2004), tinha conquistado a crítica e a Pitchfork se rasgava de elogios. Em 2008, o duo lançaria o definitivo Devotion, com ares transcendentes e produção à psicodelia que os marcaria a partir daquele momento. Faixas como D.A.R.L.I.N.G e Heart of Chambers extrapolam  qualquer categoria e mostram o quão inventivos e musicais poderiam ser os franco-americanos.

Em 2010, ora pois, aparece o Teen Dream, cuja música de abertura, Zebra, é uma bombástica declaração-de -paixonite- para-seres-indóceis.  O álbum, que os críticos costumam idolatrar pela simplicidade dos meios e a execução perfeita, tem tantas música canônicas que estabeleceu o Beach House como uma banda daqueles "importantes", por quem se aguarda e de quem se compra o vinil - correm boatos que Sines guarda um Teen Dream em uma estante de Erechim, linda-bolacha.

Ansiosos & saudosos, os ouvintes puderam conferir há pouco o lançamento do último trabalho de Legrand e Scally, o Bloom, de 2012. Inopinadamente, o disco ficou entre os mais vendidos do mundo em sua semana de estreia, entrando inclusive para a parada mundial.  Mas isso é o de menor importância. Bloom foi  descrito pela The A.V. Club como uma espécie de perfeição da forma do Beach House, enquanto a  Pitchfork  afirma que as dez múicas do álbum são, ao mesmo tempo, melancólicas e dadas aos fogos de artifício. 

Fato é que o álbum de 2012 abre com a ainda metafísica Myth e passa por todos os ingredientes que consagram o Beach House: letras maduras, sinos, voz etérea (corre pra Other People e nota isso), ecos, doçura & decadência. O disco ainda acaba com uma música-para-garota, Irene, com uma produção de órgãos e afinação pouco vista no pop-indie-pós-atual.


É pra comprar o cd, o vinil, colocar pôster e pano de fundo da área de trabalho.

Beach House - iTunes
Beach House - MySpace

E pra matar o banzo ou começar a tê-lo:

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