Por Deloan Mattos
Na estreia do Sinestésicos, dia 19 de março, a UFFS recebeu Arturo Hartmann e Lucas Justiniano, produtores do documentário Sobre Futebol e Barreiras (2010). O filme, exibido no auditório da universidade, contou com a participação de mais de 200 pessoas, entre alunos, técnicos e professores. Apesar do calor, o público permaneceu no local para conferir o documentário e participar da conversa com os cineastas. O filme apresentando utiliza o cenário da Copa do Mundo de 2010 para lançar uma nova percepção a cerca dos conflitos existentes entre Israel e Palestina, demonstrando, através de depoimentos dos cidadãos locais, as fortes influências políticas e religiosas que moldaram as expectativas desta sociedade em relação ao mundial da África do Sul.
Foto de Jerusalém, pelo cineasta Lucas Justiniano |
1) Quanto tempo durou a produção do documentário, da primeira ideia até a montagem final?
Justiniano: A ideia teve início em Janeiro de 2010, e o corte final foi realizado em março de 2011.
2) Ainda durante as pesquisas realizadas para a preparação do documentário qual(is) aspecto(s) surpreendeu(ram) mais?
Hartmann: Para a elaboração do documentário foram realizadas duas fases de pesquisa. A primeira foi um estudo da sociedade local que durou de janeiro a março de 2010. Nessa fase, foi necessário compreender a sociedade como um “elemento só”, pois apesar dos conflitos (Palestinos e Israelenses), as pessoas respeitam a unidade social ainda que através da violência. O cenário da Copa do Mundo serviu para demonstrar essas divisões sociais e suas interações. A segunda fase ocorreu 15 dias antes do início da Copa do Mundo, onde nós circulamos ao longo de todo território realizando a parte de fotografia. Esse período serviu também para a adaptação do restante da equipe que chegara ao país.
3) Houve empecilhos para a gravação de cenas e depoimentos em alguma área?
Hartmann: Não houve maiores constrangimentos ou problemas durante as entrevistas. Para as filmagens, foi utilizada uma câmera 5D, que por sua fácil mobilidade e semelhança com uma câmera fotográfica digital comum, permitiu discrição e qualidade de imagem. Tentamos empregar algumas estratégias para facilitar as entrevistas como, por exemplo, utilizar um tradutor para o diálogo, porém, essa tentativa não foi bem sucedida, uma vez que essa situação constrangia os entrevistados.
4) De qual maneira os materiais publicados em Blogs e páginas na internet repercutiram as polêmicas abordadas no documentário? Foi possível essa percepção?
Justiniano: No geral as percepções podem ser divididas em dois públicos bastante distintos. Aqueles que convivem com a realidade descrita no documentário e aqueles que não têm tanta afinidade com o assunto. No primeiro caso, as percepções podem ser favoráveis ou contrárias à realidade apresentada no documentário; implicando em repúdio ou admiração ao material exibido de acordo com a cultura crenças e vivências do indivíduo. No segundo caso, as percepções são mais amenas ou favoráveis ao conteúdo do documentário.
Para mais informações, visitem o site do documentário sobrefutebolebarreiras.com.br. No post abaixo, Da série fotos do álbum você encontra as fotos feitas durante o evento. Fiquem ligados, dia 31 de março tem mais cinema na UFFS, com a exibição dos filmes Gritos e Sussuros (1972) e Saraband (2003) do dramaturgo e cineasta sueco Ingmar Bergman.
Para mais informações, visitem o site do documentário sobrefutebolebarreiras.com.br. No post abaixo, Da série fotos do álbum você encontra as fotos feitas durante o evento. Fiquem ligados, dia 31 de março tem mais cinema na UFFS, com a exibição dos filmes Gritos e Sussuros (1972) e Saraband (2003) do dramaturgo e cineasta sueco Ingmar Bergman.
Muito massa o primeiro evento do Sines do ano, trazer os diretores do documentário foi uma ótima ideia. O documentário retrata bem o conflito entre Palestina e Israel, através do futebol!
ResponderExcluirEmbora, para um documentário algumas partes eram descabidas, ficando repetitivo e cansativo, outras sem legenda... que dificultaram ou deixaram por perder o brilho do documentário.
Abraço