Em outubro, apareceu pela Inglaterra mais um desses moços que se apresentam como apostas derradeiras de salvação do rock. Desta feita, trata-se de um garotinho de 18 anos, com olhares profundíssimos que tentam esconder a obviedade da juventude.
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| Jake, o jovem Dylan |
Jake Bugg, não tão surpreendentemente, é o tal garoto e seu disco de estreia, Jake Bugg (2012), é uma daquelas aventuras que acontecem vezenquando com êxito: produtores de sucesso, letrinhas singelas, poses folk para entreter os abusados, alguma dor lancinante e sim, músicas muito, muito bacanas.
O álbum abre no maior estilo Dylan, com Lightning Bolt e seu desejo de correr por tempestades. Vai adiante na mistura de folk-rock, com guitarras e violões e um vocal deliciosamente melancólico & deliberado. Adiante, Bugg ainda oferece uma balada de violões límpida, Broken. Na faixa seguinte, abusa da ironia rocker-intertextual com Broken Town. E lá no final, acaba com uma paradigmática faixa, Fire, em que ele compara, com direito a sons de agulha de vinil pra lá de low-fi, a paixonite com o fogo,"And sing, fire, fire, fire".
Desconfianças à parte, é bom apurar os ouvidos, rezar na cartilha Dylan-Donovan e guardar um espacito na sua vitrola, porque o moçoilo vai convencer seu tímpano, a despeito da idade e certamente.
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