quinta-feira, 22 de março de 2012

INGMAR BERGMAN: NOTAS SOBRE O CINEMA

Por Andrei Vanin 

O Sinestésicos mostrará o trabalho do diretor Ingmar Bergman no dia 31 de março. Serão exibidos os filmes Gritos e Sussuros e Saraband, que serão debatidos pelo professor Thiago Soares Leite. 

Igmar Bergman é ícone no cinema por dirigir filmes consagrados. Bergman nasceu em 1918, na Suécia. Ele começou a trabalhar com teatro, e após algum tempo passou a dirigir filmes – foram 47 ao todo. Popularizou-se quando dirigiu os filmes O Sétimo Selo, de 1956 e Morangos Silvestres, de 1957. Ao longo da carreira ganhou vários prêmios, de melhor direção, melhor filme estrangeiro, em Festivais como o de Cannes. 

Imagem: cena de O Sétimo Selo, de 1956


Bergman tem uma maneira peculiar de transmitir através da linguagem cinematográfica discussões universais sobre o "humano". No Sétimo Selo, por exemplo, retrata-se o contraste entre vida e morte: um cavaleiro medieval joga xadrez com a morte. Já em Morangos Silvestres, o egoísmo toma cena, retratado na história de um professor. Com temas que são cotidianos, o cineasta sueco questiona e mexe com a "essência" do que constitui o homem. 

Bergman une diversos elementos para compor os filmes. Isso pode ser visto, por exemplo, ao assistir os filmes em preto e branco – caso de Sétimo Selo, Morangos Silvestres, Persona entre outros. A sombra, a luz, o contraste, a textura, as falas, o cenário e o movimento ressaltam a melancolia, o ódio, o sofrimento, o medo e o sonho que percorrem a trajetória dos personagens. Em Gritos e Sussurros - que será exibido pelo Sines -, o colorido se soma à melancolia ou à disputa entre amor e ódio, trazendo à tona o tema do filme. 



Como muito já se disse, o cinema é um meio - ou ao menos devia ser - para despertar/suscitar questões nos/dos sujeitos. Bergman consegue justamente isso: fazer com que se pense sobre temas densos, fazendo notar o quanto eles podem ser impactantes para as pessoas. Pro Sinestésicos, entretenimento aliado à cultura parece ainda a melhor opção para sábados sonolentos.

Ingmar Bergman - IMDb



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