quinta-feira, 29 de março de 2012

PORTA ARMAMENTO

Por Mateus Moreno Sá

Uma arma poderosa é a música, e foi o que o The Drums utilizou no ano passado para conquistar o público, com o seu segundo álbum, Portamento, de 2011. Os caras fizeram um “remember” de The Smiths, Joy Division e New Order, carregando nos ares new wave e pós-punk da cena nova iorquina – o que compartilham com bandas como o The Rapture



A trajetória da banda vem desde meados dos anos 2006, com diversas formações. No início, as intenções eram voltadas mais à música eletrônica. Após um tempo, os moços decidiram trocar os sintetizadores pelas guitarras, e surgiu seu primeiro EP. Logo lançaram seu primeiro álbum, The Drums, que chamou a atenção da crítica e ganhou fama em alguns charts. 

Depois da aparição meteórica, é verdade que Portamento não traz muitas inovações ao Drums: o álbum lembra o anterior, tanto na sonoridade quanto nas letras. Porém, o tom agora é mais “negro”. Apesar disso, o ano de 2011 foi importante para a banda, com a aceitação do álbum, que deixou alguns críticos aplaudindo em pé e outros "descendo o relho” violentamente. Portamento tem arranjos simples e relaxantes, e uma constante suavidade nos vocais. As quatro primeiras faixas de induzem o ouvinte a se interar com a obra: Days, em que o ouvinte se depara com certa tranquilidade, faz contraposição com Book of revelation, ornamentada pelo brilho dos sintetizadores, e pelo criativo e simples jogo de backing vocals.


Uma observação é que, esse álbum, em si, não é de hits: as letras melancólicas, composições sombrias e também obscuras, que narram uma infância com relances de religiosidade, estão mais voltadas ao introspectivo do vocalista Jonathan Pierce, que disseca seu passado. Outro ponto interessante é a capa do disco, que instiga a curiosidade e causa arrepios. Algo percebível também é o frequente uso do efeito de reverb no disco, que tem a função de uma espécie de Wall of Sound, que acaba por não deixar a música seca, crua. Essa característica faz parte da identidade da banda. O guitarrista e principal compositor, Jacob Graham, menciona que o reverb, em geral, tem desempenhado um papel importante em seu som e afirma: "Se reverb não existisse, não teria se incomodado tentando montar uma banda”. 



O Drums melhorou em muito no seu som. Desde o primeiro álbum, amadureceu, mantendo-se em suas influências. Entretanto, aproximou-se mais do público, tornando-se mais dinâmico e palatável.


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Um comentário:

  1. Drums é mais uma cópia de The Smiths...
    Se mostrou uma banda boa com esse album, mas não expandiu seus horizontes musicais....
    Um album repetitivo, Depois da 5 música é tudo igual!
    Chega de Déjà Vu!

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